quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
terça-feira, 25 de dezembro de 2012
Natal do Senhor
Nossa Igreja celebra com a solenidade do Natal a manifestação do Verbo de Deus aos homens. É este de fato o sentido espiritual que decorre da própria liturgia, que oferece para a nossa meditação o nascimento eterno do Verbo (O FILHO, JESUS).
Embora seja uma das festas religiosas mais conhecidas no mundo, o Natal tem suas origens em cultos pagãos de adoração ao sol, que, no Hemisfério Norte, aconteciam durante o solstício de inverno.
Nessa época, as noites são longas e frias, por isso, a volta do Sol, trazendo luz e calor, era festejada com músicas e danças.
Nesta ocasião os escravos recebiam presente dos seus senhores e eram convidados a sentarem à mesa como cidadãos livres.
O cristianismo deu um significado novo a esta festa, ao celebrar o nascimento daquele que é o verdadeiro SOL, a LUZ DO MUNDO, Dia que rompe nas trevas.
Hoje é o dia de todos nós que acreditamos na vida, na força do amor, na comunhão e na fraternidade universal.
A tradição da troca de presentes nasceu das oferendas dos Magos ao Menino Jesus e a ela, muito mais tarde, foi incorporada a figura de Papai Noel, que acabou se tornando um autêntico símbolo de Natal.
Os presentes trazidos pelo bom velhinho ganharam assim, um valor especial de demonstração de afeto e estima. O presenteado reassegura-se de que é amado pelo semelhante.
Fonte: http://arquidiocesepoa.org.br/ps.asp
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
CRUZ PEREGRINA VOLTA À CANOAS
C O N V O C A Ç Ã O
Todos os Ministros da Palavra, do Vicariato de Canoas,
estão convocados para o compromisso da prática da Leitura Orante da Bíblia
sobre o “Ano da Fé” e a “Porta da Fé” no dia 22/12/12 - na
Paróquia N. Sª do Caravaggio, em Canoas, das 15 as
16:30 horas.
A Cruz Peregrina retornou ao Estado, devido a
problemas alfandegários com o Chile. Como o Paraná irá recebê-la no mês
de janeiro, neste mês de dezembro o Estado do Rio Grande do Sul assumiu a sua
permanência. Assim, desde o dia 22/12 as 10 horas até as 10 horas do dia
23/12, a Cruz Peregrina estará na
Paróquia Nossa Senhora do Caravaggio, com a seguinte programação:
9:30h – CHEGADA DA CRUZ PEREGRINA
10:00h – TERÇO COMUNITÁRIO COM
PROCLAMAÇÃO DA PALAVRA
12:00h – SILÊNCIO TOTAL
14:00h – RECEPÇÃO AOS CARENTES DA
COMUNIDADE
14:30h – ACOLHIDA DOS JOVENS DO
VICARIATO
15:00h – LEITURA ORANTE COM O
MINISTÉRIO DA PALAVRA
16:30h – EXPLICAÇÃO DA CRUZ
(Diácono Rodrigo)
17:00h – VISITA A CASA DE
ACOLHIDA DOS DEPENDENTES QUÍMICOS
18:30h – CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA
domingo, 2 de dezembro de 2012
Lc 21,25-28.34-36 - A espera transviada
A partir do primeiro domingo do Advento, iniciamos o
ciclo C do Ano Litúrgico, o qual segue o evangelho de Lucas.
A espera humana não é, na verdade, a espera de alguma coisa, mas de alguém. Alguém que nos reconheça e queira que existamos. Isto se verifica no nível mais elementar da psicologia, mas vai muito mais longe; porque este que esperamos será o elo que nos juntará a todos na unidade que é o fruto do amor.
A reflexão é de Marcel Domergue, sacerdote jesuíta francês, publicada no sítio Croire, comentando as leituras do 1º Domingo de Advento (2 de dezembro de 2012). A tradução é de Francisco O. Lara, João Bosco Lara, e José J. Lara.
Hoje.
Não vou mais me prolongar sobre os símbolos
apocalípticos, pois já falamos deles em comentários precedentes. Notemos apenas
que são descrições que se aplicam ao que estamos vivendo hoje. Vivemos sob um
regime que opera a divisão entre o homem e a natureza e, também, entre os
homens. São conflitos mortais, cuja presença pode ser notada desde Gn 3 e 4. O
Cristo - o homem do fim, homem escatológico - põe termo ao conflito entre o
homem e a natureza: “Quem é este a quem até os ventos e
o mar obedecem?” (Mt 8,27). Mas o conflito entre os
homens só será superado quando um Filho do homem der a sua vida pela vida de
seus irmãos e, pelo Espírito, nos conceder a capacidade de fazer o mesmo. De
repente, a morte que representava o resultado final destes conflitos, faz-se
ausente na nova criação. Por ora, deixemos de lado o outro conflito, central,
que opõe o homem à mulher, trazendo a divisão para o interior mesmo do ser
humano. Estamos à espera da vitória de Deus e do homem sobre tudo o que nos
divide e nos destrói. E isto irá acontecer na hora do julgamento, quando Deus,
a nossa origem, irá nos separar de tudo o que nos divide. As Escrituras falam
com frequência sobre isto como sendo a vingança ou a revanche de Deus, mas
devemos compreender que esta vingança não se volta contra nós. Ao contrário,
ela vem a nosso favor. A revanche de Deus se confunde com a revanche do homem.
O tempo da espera.
É raro encontrar-se um ser humano que esteja
satisfeito com a sua sorte. “Isto bem que poderia ser
melhor!” pensa-se. Vem daí esta busca constante por
aperfeiçoamentos que sejam inéditos. É uma insatisfação que está presente em
todos os domínios. Sabemos como até os santos procuram obstinadamente progredir
em direção a uma perfeição que jamais será alcançada. Por outro lado, estarmos
abertos ao que possa acontecer e que está se preparando, estarmos preparados
para o que vem, é absolutamente necessário; caso contrário, grandes tumultos e
muita morte poderão ocorrer, quando o novo se fizer irromper. A questão
inevitável é: vamos viver esta espera em regime de medo ou de esperança?
Devemos ser profetas da desgraça ou da felicidade? Não é necessário que nos
apressemos a responder, porque o futuro pode ser de guerra ou de paz, de
prosperidade ou de miséria, de saúde ou de doença. Já vimos que as Escrituras
não pecam por ingenuidade. Anunciam a volta do Cristo, à vitória do Filho do
homem, à “revanche de Deus”,
mas através de catástrofes cósmicas, políticas e sociais. Resulta daí, no
entanto, uma certeza: o mal e a desgraça, desde já disseminados pelo mundo e
sem falsas esperanças de que desaparecerão um dia, não devem nos amedrontar.
Pois Deus vem, de fato, para o melhor: para este nascimento do homem novo que
esperamos na alegria. E vem também para o pior: a Paixão e a morte do Filho
único, do homem único na perfeição da humanidade. “Seja
forte, Israel”, arregaça as mangas, pois Deus te fará
entrar nesta terra nova que te prometeu.
A espera transviada.
É certo que existe quem não espera nada.
E de muitas maneiras. Primeiro, existem os que estão satisfeitos, que se acham
bem como estão, com o que têm. Mas, um dia, a vida virá com as surpresas que
ela traz, para acordá-los desta sua frágil segurança. E a esta sua letargia
opõe-se o conselho evangélico para vigiar:“Ficai
atentos!”. Vigilância que, no limite, pode vir a
dissolver-se no alcoolismo, na droga ou nas “distrações” de que falava Pascal (“distração
que nos diverte e que, insensivelmente, nos faz chegar à morte”).
Mas a espera, de que falam as Escrituras, pode encontrar outros substitutos;
por exemplo, a violência, filha da impaciência. Ou as ideologias, que podem se
tornar paródias da autêntica esperança. Lembremos a confiança desmedida do
cientificismo com vistas à pesquisa científica, ou dos “amanhãs
que cantam” de tantas utopias políticas. Isto não
significa que as diversas pesquisas humanas sejam desprovidas de valor, mas,
quanto a isto, convém que nos entreguemos à humildade, por saber que o sucesso
nestas matérias não irá resolver todos os nossos problemas. A razão disto é que
a espera humana não é, na verdade, a espera de alguma coisa, mas de alguém.
Alguém que nos reconheça e queira que existamos. Isto se verifica no nível mais
elementar da psicologia, mas vai muito mais longe; porque este que esperamos
será o elo que nos juntará a todos na unidade que é o fruto do amor.
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